O Cristão e o Aborto – PARTE 1

por Guilherme Barros

As Escrituras deixam claro que a vida começa na concepção e que o aborto é moralmente inaceitável.

As Escrituras não apoiam o aborto, tanto em razão do seu ensino geral acerca do valor da vida humana quanto em função de passagens específicas. Os dois Testamentos ensinam que os filhos são uma bênção de Deus (Sl 127.3-5; Mc 10.13-16) e consideram particularmente hediondo matar crianças por exemplo veja alguns textos: Quando servirdes de parteira às hebreias, examinai: se for filho, matai-o; mas, se for filha, que viva. As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como lhes ordenara o rei do Egito; antes, deixaram viver os meninos. (Êxodo 1.16,17); E da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor. (Levítico 18.21) dedicar um filho a Moloque implicava em matar o bebê ou criança para tal deus; Este outro rei tratou com astúcia a nossa raça e torturou os nossos pais, a ponto de forçá-los a enjeitar seus filhos, para que não sobrevivessem (Atos 7.19) para o povo de Deus, rejeitar um filho era semelhante a tortura, em nossos dias parece que alguns, que se dizem crentes, apoiam aqueles que rejeitam seus próprios filhos matando-os no ventre de suas mães. Muitos outros textos demonstram esse cuidado bíblico com as crianças (ver. Jr 7.31-32; Ez 16.20-21; Mq 6.7; Mt 2.16-18).

A Bíblia mostra Deus ativo na criação dos seres humanos desde o momento da concepção (dentre os exemplos do Antigo Testamento, temos os filhos que Deus deu a Sara [Gn 17.15-22; 21.1-7], Lia, Raquel [Gn30.1-24], Rute [4.13-17] e Ana [1Sm 1.19-20]; no Novo Testamento podemos conferir especialmente Isabel, a qual deu a luz João Batista em Lucas 1.24-25,39-44), de modo que a procriação humana representa, de fato “um processo co-criativo que envolve o homem, a mulher e Deus”.

O Salmista apresenta um tributo comovente ao envolvimento de Deus na Criação do ser humano ainda no ventre materno:

Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. 
Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, 
e a minha alma o sabe muito bem;
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
Os teus olhos me viram a substância ainda informe, 
e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.

(Salmo 139.13-16)

Este artigo é uma porção adaptada do livro, Deus, casamento e família: Reconstruindo o fundamento bíblico.

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Uma resposta para “O Cristão e o Aborto – PARTE 1”.

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    […] artigo é a continuação do artigo anterior ambos os textos foram retirados do livro Deus Casamento e […]

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