Quando o homem abandona Deus ele se torna refém das suas próprias quinquilharias. Há alguns anos atrás escrevi um pequeno artigo com o seguinte título: Filhos? Não seria melhor um cachorrinho?!. No artigo criticava o fato de muitas pessoas criarem animais de estimação como filhos, ou mesmo a substituição proposital de filhos por animais domésticos. Quando abandonamos Deus, tornamos banal aquilo que é valorizado pelo Senhor, e colocamos num pedestal aquilo que tem pouco, ou nenhum, valor para Deus.
Filhos são uma grande bênção do Senhor: “E Deus os abençoou, e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra…” (Gênesis 1.28), e, “A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais” (Provérbios 17.6), e ainda, “Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre seu galardão” (Salmo 127.3).
Deus quer que o homem se multiplique, que encha a Terra, e chama de feliz o homem que se enche de filhos: “Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava…” (Salmo 127.5). Mas nossa sociedade, tornando-se cada vez mais distante de Deus, enxerga as bênçãos do Senhor como um peso e um laço que os aprisiona. As trevas nos olhos da multidão faz com que ela enxergue a verdade de Deus que liberta, como uma masmorra sufocante e tenebrosa, assim preferem confiar em si mesmos. Mas: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17.5).
A palavra inglesa reborn literalmente significa renascido, e baby reborn, literalmente, bebê renascido. A prática dos bebês reborn surgiu nos Estados Unidos por volta do início dos anos 1990. Ela começou como uma forma de aprimorar bonecas comuns, transformando-as em versões extremamente realistas de bebês humanos.
A partir dos anos 2000, em diante, a prática se espalhou pela Europa, América Latina e outros países, ganhando popularidade entre colecionadores, artistas plásticos e também como ferramenta terapêutica (no tratamento de certos transtornos mentais). Mas ao que parece, a coisa está indo além, o que já era de se esperar, num lugar em que se prega que “toda forma de amor é válida”, onde a população pede “SUS para pet“, onde o governo faz campanha para identidade de Cachorro, pessoas que se casam consigo mesmas, tratam animais como filhos, levam filhos de verdade para o veterinário, etc.
Com a expulsão de Deus da nossa vida, damos vazão para toda sorte de estupidez. Expulsando Deus da sociedade renasce a loucura institucionalizada e normatiza pelas leis estatais. Pessoas já estão brigando na justiça pela guarda de bebês reborn, e isso começou com pessoas brigando pela guarda de pets. Todas essas disputas e ideias absurdas, claro, passam em algum momento pelos recursos do Estado que é financiado pelos nossos impostos. No homem sem Deus há terreno fértil para brotar, enraizar e crescer sua bestialidade. Não será uma surpresa se você e eu, presenciarmos em vida, a normatização estatal para “relacionamentos zooafetivos” e para a “objetossexualidade” (pessoas que dizem se relacionar com objetos). Que tempos os nossos! Que tempos as próximas gerações enfrentarão?!
Como cristãos, devemos permanecer firmados na Palavra, como nossa regra de fé e prática, dando razão da nossa fé. Diante da degradação da nossa sociedade, devemos confiar em Deus, pregar o Evangelho do nosso Senhor Jesus. Somente ele pode nos trazer das trevas para a luz. Neste mundo, cada vez mais corintianizado e bestializado, conhecer a Cristo e abraça a Verdade e a prática de seus ensinamentos, é a única maneira de permanecer lúcido.
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