Idolatria Familiar

por Guilherme Barros

Nestes últimos dias esse tema vem sendo bastante debatido no meio evangélico. Mas será que há um movimento dentro do conservadorismo ou tradicionalismo cristãos que busca, elevar a família a condição de ídolo, como se tem dito ultimamente?

Inerentemente nós amamos os nossos pais e os nossos filhos, também desenvolvemos laços fraternais com nossos irmãos. São afeições naturais colocadas em nós por Deus e estreitadas através de um convívio familiar saudável e da comunhão com Deus no lar. A falta de afeição natural, segundo a escritura, é marca e resultado de idolaria (Romanos 1.28-32). No quinto mandamento somos ordenados a honrar nossos pais (Êxodo 20.12) e em Deuteronômio 6, os pais, dentre o povo de Deus, recebem o mandamento de guiar seus filhos intensamente na direção do amor e adoração ao Senhor, “Ouve, Israel, o Senhor, teu Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” (Deuteronômio 6.4,5). Portanto, no Cristianismo não há espaço para que a família seja idolatrada. As famílias cristãs são intruídas a adorar o único e verdadeiro Deus.

A família é abençoada por Deus e chamada para se multiplicar e encher a terra, “E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gênesis 1.28). O próprio Deus ao ver a solidão de Adão diz, “não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliarora que lhe seja idônea” (Gênesis 2.18). Salomão, inspirado por Deus, nos ensina que, “herança do Senhor são os filhos; fruto do ventre, seu galardão.”

É claro que, sendo o coração do homem uma fábrica de ídolos, podemos transformar qualquer coisa em um ídolo. Estamos sujeitos a deslocar para a nossa família um cuidado excessivo. Há pais que cercam seus filhos de cuidados ao ponto de se colocarem entre eles e a luz do sol, enquanto caminham. Há cônjugues que erguem seus maridos ou esposas em andores dentro de seus corações, e filhos que honram seus pais além do que é devido, pondo-os no lugar de Deus. Talvez você, como eu, já viu também casos de idolatria familiar. No geral tais casos produzem filhos, rebeldes, divórcios entre os casais, e pais extremamente possessivos que atrapalham o desenvolvimento dos filhos e não poucas vezes, assassinatos entre familiares. A idolatria familiar sempre adoece, degrada e esfacela a família. Devemos lembrar que os que idolatram seus entes queridos não são dignos de Cristo, “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mateus 10.37).

Mas, e quanto a acusação de que movimentos cristãos estão promovendo idolatria familiar? A meu ver, essa acusação é no mínimo deslocada da realidade. A enfase da Escritura sobre a família é a promoção do casamento ideal que espelha o relacionnamento de unidade entre Cristo e a Igreja. Ter filhos, é sempre na Palavra, visto como uma bênção. O único planejamento familiar ordenado por Deus é “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra…”. Embora, saibamos que há casais que não podem ter filhos e há jovens que não conseguem casar, bem como divórcios, viuvez e orfandade, tais coisas não reflentem o ideal de Deus na Criação e acontecem por ocosião do pecado ogirinal que degradou toda a raça humana e o ambiente que o redeia.

O verdadeiro desafio para as famílias cristãs da atualidade, continua sendo: 1) manterem-se incontaminadas do mundo, que sempre tenta destruir a família, 2) insistirem na resistencia e dependência de Deus, ante as tentações e silados do Maligno, 3) e amarem e temerem a Deus com tudo o que são e têm, perseverando na adoração ao único Senhor das nossas vidas em todo o tempo.

Precisamos urgentemente concentrar nossos esforços na luta contra a idolatria mundana que tenta a todo custo consumir e peverter nossas famílias e igrejas. Necessitamos incentivar, sim, neste mundo tomado pela pervesão feminista, e pelas mais diversas doutrinas diabólicas, os casamentos bíblicos, a prociação, e a santidade no lar. Nossas famílias devem ser vitrines de bom procedimente entre os incredulos, nossas fimílias devem ser como Bíblias que o mundo lê “mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, obeservando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1 Pedro 2.12).

Fomos chamados à pregar e viver o evangelho neste mundo, revelando a diferença entre quem serve a Deus e quem não serve, e jamais aceitar que os padrões e ideais do mundo sejam aceitos e promovidos dentro da comunidade de nosso Senhor Jesus Cristo.

Caro Leitor, que Deus te abençoe e que o Espírito Santo te guie no cumprimento da vontade do Senhor para tua família!

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