por J. I. Packer

Muitas questões espirituais estão envolvidas nisso. Abençoar liturgicamente uniões de pessoas do mesmo sexo é pedir a Deus que abençoe a eles e àqueles que se juntam a eles, como é feito numa cerimônia de casamento. Isso presume que o relacionamento, do qual a união física é uma parte integral, é intrinsecamente bom e, se podemos criar um termo, é abençoável da mesma forma que é um relacionamento sexual destinado à procriação, dentro de um casamento heterossexual. Sobre essa pressuposição existem três coisas a comentar.
Primeiro, ela envolve um desvio do evangelho bíblico e do credo cristão histórico. Ela distorce as doutrinas da criação e do pecado, afirmando que a orientação homossexual é boa, uma vez que as pessoas gays são feitas dessa maneira; rejeitando a idéia de que as inclinações homossexuais são uma desordem espiritual, mais um sinal e fruto do pecado original no sistema moral das pessoas. Ela distorce as doutrinas da regeneração e da santificação, chamando a união entre pessoas do mesmo sexo de um relacionamento cristão, assim afirmando o que a Bíblia chamaria de salvação” no pecado”, em vez de “do pecado”.
Segundo: ela ameaça destruir o meu próximo. A proposta oficial disse que os ministros que, como eu, forem contrários a dar este tipo de bênção, deveriam remeter os casais gays a ministros que tenham a disposição de conceder tal bênção. Seria isso cuidado pastoral? Será que eu não deveria tentar auxiliar as pessoas gay a modificar os seus comportamentos, em vez ancorá-los neles? Será que eu não deveria auxiliá-los na prática da castidade, da mesma forma que eu tento ajudar os solteiros eriçados e os divorciados na pratica da castidade? Eu não quero vê-los todos no reino de Deus?
Terceiro, ela envolve o engano de estar esperando de Deus – na realidade, solicitando dele – que venha santificar o pecado, abençoando o que ele condena. Isso é uma postura irresponsável, irreverente, na realidade,é blasfêmia e totalmente inaceitável como política eclesiástica. Como eu poderia praticá-la?



Algumas sugestões de leitura sobre o Amor de Deus:

LEIA TAMBÉM
E a Bíblia Tinha Razão
🔵 Publicado pela primeira vez em 1955, E a Bíblia Tinha Razão surgiu em plena efervescência da arqueologia bíblica. Céticos tratavam muitos relatos da Bíblia como lenda ou mito, mas novas escavações no Oriente Médio começaram a revelar documentos, inscrições e cidades que confirmavam a narrativa bíblica. Keller reuniu essas descobertas e as apresentou de…
Fico ou vou embora? A difícil decisão dos pastores em relação ao campo
🔵 A mudança de campo é uma realidade frequente no ministério pastoral. O segundo semestre de cada ano é geralmente marcado pela tomada de decisões sobre esse assunto. No entanto, ainda que comum, a realidade da mudança não é fácil, nem para o pastor nem para o rebanho.
Quem são os Extremistas?
🔵 “Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é!”


Deixe um comentário